terça-feira, 28 de setembro de 2010

IO CHE AMO SOLO TE - Sergio Endrigo

La mia storia tra le dita

Legião Urbana - Eu Era Um Lobisomem Juvenil

HÁ TEMPOS - Clip original

Legião Urbana - Só Por Hoje

Sou mais um na Multidão

FABIO JUNIOR - Choro

SOBRE O AMOR, ROSAS E ESPINHOS...


SOBRE O AMOR, ROSAS E ESPINHOS...

Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou é porque nunca foi amor.

O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.

O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto."

O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar.

O poeta soube traduzir bem quando disse: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!"

Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos , socorreu-me em minha cegueira. Eu possuia e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha.

Coisas que Jesus fazia o tempo todo. Apontava jardins secretos em aparentes desertos.

Na aridez do coração de Madalena, Jesus encontrou orquídeas preciosas. Fez vê-las e chamou a atenção para a necessidade de cultivá-las.

Fico pensando que evangelizar talvez seja isso: descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios.

Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras. Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo. Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois...

Precisamos aprender isso. Olhar para aquele que nos magoou, e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo, nem tampouco fora do cultivo.

Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir. Cada roseira tem seu estatuto, suas regras...

Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.

A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas...

Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá que saber que com ela vão inúmeros espinhos.

Mas não se preocupe. A beleza da roza vale o incômodo dos espinhos... ou não.

Pe. Fábio de Melo

domingo, 25 de julho de 2010

terça-feira, 29 de junho de 2010

A PENA

Hoje acordei com esse texto na cabeça e na alma...não poderia deixar de posta-lo ,é de uma profundidade e delicadeza ...









A PENA DE FORREST GUMP

- Vó?
- Oi?
- Ontem eu vi de novo aquele filme que você gosta.
- Qual, minha querida? (como se não houvesse muitos filmes que a Vovó amava).
- Aquele daquele homem que é meio bobo e fica contando histórias no ponto de
ônibus...
- Ah, sei ... Forrest Gump...
- Isso.
- E você gostou do filme?
- Gostei, mas não entendi uma coisa...
- O que?
- Quando começa o filme, tem uma pena voando, que voa, voa, e cai no colo do
Forrest Gump.
Ele guarda "ela"no livro e começa a contar a história para um monte de gente.
- Exato.
- Então, no final, ele abre o livro e ela sai voando outra vez.
Para que serve essa pena, heim, Vovó?
- Bem, pituquinha, ele explica isso no final. Talvez você não tenha percebido.
- Acho que não.
- Forrest Gump não é uma pessoa igual às outras: ele tem uma inteligência
limítrofe.
Não fale que ele é meio bobo que isso é muito feio.
Ele tem uma inteligência de uma criança de cinco anos, por isso tem dificuldade de
entender as coisas como as outras pessoas.
Ë um homem grande com a cabeça de uma criança, não é meio bobo ou retardado,
tá bom?
- Tá.
- Você quer saber por que a pena começa o filme voando até pousar no colo do
Forrest Gump, e depois sai voando de novo, não é?
- Isso.
- Então..., no final do filme, ele conta que na sua vida houve duas pessoas que o
influenciaram muito: uma foi a sua mãe, o outro, seu amigo que ele conheceu na
guerra do Vietnã, que é o tenente Dan.
A mãe ensinou para ele que ter uma deficiência não é desculpa para desistir da
vida.
Ela se recusou a colocá-lo em uma escola para deficientes, e sempre empurrou o
filho para frente, sempre ensinou-o a não se conformar com as suas próprias
limitações.
Forrest foi para a escola, estudou, teve um problema na coluna que o obrigou a
usar aquele aparelho horrível, você se lembra?
- Lembro sim.
- Tem uma cena que a Vovó gosta demais nesse filme, que é aquela em que os
meninos valentões correm atrás dele numa caminhonete.
Eles querem zoar com ele e até machucá-lo, e a sua amiguinha grita para o menino:

Corra, Forrest, corra !
E ele sai correndo, de aparelho e tudo, a caminhonete atrás dele, os meninos
gritando...,
à medida que ele corria, o aparelho vai caindo, pedaço por pedaço, e quanto mais
ele se livrava do aparelho ortopédico, mais rápido ele conseguia correr, mais ele
deslanchava, até entrar correndo em um campo gramado e sumir ao longe,
deixando para trás os seus perseguidores...
- Vó?
- Oi?
- Você está chorando?
- Não, ..., não querida, é que a vovó esqueceu de pingar o colírio
(falou isso enquanto enxugava furtivamente algumas lágrimas).
- Por que você gosta tanto dessa cena, Vovó?
- Porque Vovó acha essa cena muito emocionante, muito alegórica.
- Alê o que?
Riu-se, gostosamente.
- Alegórica. Quer dizer que ela tem um significado maior do que está na tela.
- Qual o significado?
- Na vida, a gente fica tentando endireitar tudo, minha querida, e às vezes temos
que passar muito, muito medo para podermos nos livrar de nossos aparelhos, de
nossas muletas.
Forrest descobre que já está pronto, que pode correr como ninguém,
como ninguém, e mais longe do que qualquer menino valentão e bobo que se acha
grande coisa ...
Olhou para a neta, que a olhava fixamente.
- Desculpe, querida, acho que me empolguei um pouco.
- Vó?
- Oi?
- É para isso que temos medo?
- Acho que sim.
- Temos medo para tirar as muletas?
- E os aparelhos. E ir para frente.
- Legal. Vó?
- Fala.
- E a pena?
- É mesmo, já ía me esquecendo... então, eu falei que a mãe de Forrest Gump o
ensinou a nunca sentar sobre seus problemas, a nunca se intimidar com as suas
dificuldades.
Ela ensinou para ele que, na vida, Deus dá uma série de cartas para a gente jogar o
jogo,
e temos que aproveitar as nossas cartas do melhor jeito possível.
- E a pena?
- Já vai, já vai... a outra pessoa importante na vida de Forrest Gump é seu amigo,
tenente Dan.
Juntos, eles foram para a guerra, tiveram um pesqueiro, montaram uma empresa e
ficaram muito ricos. E o tenente Dan ensinou que na vida, a gente é como uma
peninha levada pelo vento, de um lado para outro, e nunca tem como descobrir
para onde vai o sopro de Deus..., nunca a gente sabe para que lado vai a pena.
Fez um silêncio grave.
- Como assim?
- Quando você crescer, vai perceber como nosso destino é caprichoso, meu bem.
Um dia estamos aqui, outro dia estamos lá, como se tivesse um gozador
assoprando a vida para lá e para cá, para lá e para cá.
(Fez um movimento com a mão, simulando a pena indo e voltando.
A menina acompanhou o movimento com os olhos).
- Quer dizer que a gente não sabe para onde vai essa pena ?
Trouxe-a para mais perto.
- A gente não sabe... mas sabe, quando a gente chega na idade que chegou a
Vovó aqui, podemos perceber os caminhos misteriosos que a pena toma no ar, até
pousar, segura, no colo de Deus.
Mas isso a gente só descobre depois de passar muito tempo tentando adivinhar:
Qual a direção do vento?
Qual a umidade relativa do ar?
Qual o peso da pena?
Como o Caos vai comandar a direção que a pena vai tomar?
Coçou a cabeça, em seu gesto característico.
- Vó?
- Oi?
- O que acontece quando a gente pára de tentar adivinhar para onde vai essa
pena?
- A gente se deixa levar pelo vento, minha querida.
- Quer dizer que você dá razão para a mãe e para o amigo do Forrest?
Olhou com uma agradável sensação de surpresa.
- Isso mesmo! Como você é esperta! Eu dou, mesmo, razão para os dois.
A gente joga da melhor forma que puder, com o máximo de empenho,
mas também respeita as linhas do vento. Gostou?
- Gostei, gostei muito... sabe, Vó, é tão bom ter você... será que um dia esse vento
vai te levar para longe de mim?
Estremeceu ligeiramente.
- Não, meu bem... por mais longe que vão nossas penas,
nosso coração vai estar sempre perto um do outro, tá bom?
- Tá bom.
Ficaram num silêncio de fim de conversa.
- Eu vou brincar um pouco, tá?
- Isso, vai brincar de Forrest Gump.
- Vou correr até cansar.
- Isso. Vai mesmo.
Mal conseguiu disfarçar a voz embargada de lágrimas.


(AUTOR :Marco Antonio Spinelli é médico psiquiatra e psicoterapeuta)


segunda-feira, 3 de maio de 2010

E nós acreditamos...



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Fizeram a gente acreditar que o amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não contaram pra nós que o amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar naos costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa formúla chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que ra isso que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação.
Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá esse chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados `a margilidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, tb não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente, cada um vai ter que descobrir sózinho.
E ai, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém"

(John Lennon)

terça-feira, 16 de março de 2010

Sobre os Anjos




Um anjo vem todas as noites:
senta-se ao pé de mim, e passa
sobre meu coração a asa mansa,
como se fosse meu melhor amigo.
Esse fantasma que chega e me abraça
(asas cobrindo a ferida do flanco)
é todo o amor que resta
entre ti e mim, e está comigo.
Lya Luft
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"Eu desistiria da eternidade para tocar em ti pois sei que de alguma forma Tu me percebes... Tu és o mais perto do céu que posso chegar, eu não quero voltar para casa agora ... O único gosto que sinto é o deste momento, E tudo o que tenho para respirar é o teu amor, Porque cedo ou tarde isto pode acabar ...
Hoje à noite não te deixarei ir ... Eu preferiria ... sentir o cheiro dos teus cabelos,
Dar um beijo em tua boca,
Tocar uma vez em sua mão... A passar a eternidade sem isso... "